O mistério envolvendo o voo da Malaysia Airlines desaparecido desde
sexta-feira se aprofunda com o fato de mídia chinesa noticiar que
diversos celulares de passageiros estão ligados. Os telefones tocam, mas
ninguém responde, o que indicaria que os telefones estariam ligados.
Leia todas as notícias sobre o avião desaparecido
Leia todas as notícias sobre o avião desaparecido
As equipes de busca ainda não encontraram vestígios da aeronave, que
saiu de Kuala Lumpur logo após a meia-noite de sábado, com previsão de
chegada a Pequim às 6h30min de sábado, no horário local (19h30 de sexta,
em Brasília). As autoridades suspeitam que a aeronave tenha se desintegrado em pleno voo. Hipóteses de terrorismo também cresceram desde a revelação, no sábado, de que dois passageiros embarcaram com passaportes roubados.
Segundo informações do site China.org.cn,
pelo menos 19 familiares de passageiros assinaram uma declaração
afirmando que desaparecidos no voo MH370 estão com os celulares
conectados, mas as ligações não completam. Eles pediram que a Malaysia
Airlines revele qualquer informação que poderia estar escondendo e que
explique a estranha conexão dos telefones celulares. Os familiares
reclamam que a companhia aérea não está respondendo-os adequadamente.
A irmã de um passageiro chinês entre os 239 que estavam a bordo fez a ligação ao vivo na TV, segundo o site britânico Mirror.
— Esta manhã, por volta das 11h40min, liguei duas vezes para o meu
irmão, e o telefone tocou. Se fosse possível completar a ligação, a
polícia poderia achar a localização, e ele poderia estar vivo — afirmou
Bian Liangwei, irmã de um dos passageiros desaparecidos, que passou o
número do telefone para a companhia aérea.
Uma situação semelhante foi vivida por um homem de Pequim que ligou
para o irmão desaparecido no avião e avisou à Malaysia Airlines que o
telefone tocou três vezes antes de que a ligação fosse finalizada, de
acordo com o Shanghai Daily.
As famílias de desaparecidas no voo avisaram o diretor comercial da
Malaysia Airlines, Hugh Dunleavy, que os celulares dos passageiros
estavam chamando, mas que eles não atendiam. Dunleavy teria dito o mesmo
estava ocorrendo com os celulares dos tripulantes, e que os números
haviam sido passados aos investigadores chineses. Os familiares dos
passagiros pediram às autoridades que procurem a localização dos
telefones pelo sistema de Global Positioning System (GPS).
Em uma conferência em Pequim, o porta-voz da Malaysia Airlines,
Ignatius Ong, disse que não foi possível fazer contato com um dos
números informados pelos familiares.
*Fonte: ZERO HORA