PLS 434/2011 – Aeronautas, deve ser votado no próximo dia 12 de novembro



                        
                                 Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado



Os senadores, com respaldo dos representantes dos trabalhadores do setor de aviação, acataram a proposta do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para adiar mais uma vez a votação do substitutivo ao PLS 434/2011, que regulamenta a profissão e define a jornada de trabalho dos aeronautas. A matéria estava em análise na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), nesta quarta-feira (29).
Uma nova tentativa de votação ficou agendada para o próximo dia 12 de novembro, tenham sido feitas ou não possíveis modificações e tanto Ciro Nogueira, quanto os integrantes da comissão se comprometeram a não apresentar recursos para análise em plenário, o que significa que a proposta seguirá para a Câmara dos Deputados depois de aprovada na Comissão de Assuntos Sociais. O acordo foi selado numa reunião entre o presidente da Comissão, Waldemir Moka (PMDB-MS), o relator do projeto, senador Paulo Paim (PT-RS), Ciro Nogueira (PP-PI) e representantes da categoria profissional e dos empresários da aviação.
- A melhor maneira de fazer ainda este ano, é se conseguir aprovar um texto em que haja acordo, consensual. Aprova-se aqui e vai direto para a Câmara, que já recebe um texto que representa o entendimento entre vocês e as companhias. E aí, não temos dificuldade na tramitação, a tendência é essa – argumentou Moka durante a reunião.

O projeto especifica as atribuições dos profissionais de aviação e estabelece regras para a elaboração das escalas de trabalho dos aeronautas. O texto introduz modificações nas normas que regem o período de sobreaviso, folgas, tempo de adestramento em simulador e limites de tempo de voo e de pousos permitidos para uma jornada. Ele foi aprovado em primeiro turno.
Pelo projeto, as folgas mensais sobem para 12, contra os oito dias de repouso remunerado por mês, previstos na lei que regulamenta a profissão do aeronauta (Lei 7.183/1984). Nos meses de alta temporada (janeiro, fevereiro, julho e dezembro), o número de folgas cai para 10, de acordo com o texto do substitutivo a ser votado.
O projeto aguarda votação em turno suplementar desde junho, quando foi aprovado em primeiro turno. Pautado para votação em julho, na ocasião o relator, senador Paulo Paim (PT-RS) aceitou o pedido de adiamento para tentar encontrar um texto consensual.
Durante os debates, vários senadores destacaram o quanto é essencial aprovar a matéria para diminuir a estafa destes profissionais, submetidos muitas vezes a escalas exaustivas. Eles chegaram a mencionar o acidente que matou o então presidenciável Eduardo  Campos (PSB-PE), pois houve especulações de que o piloto estaria sofrendo sobrecarga de trabalho.
- Não se trata apenas de mexer na carga horária dos aeronautas, estamos falando de segurança de voo, das pessoas, de uma população que cada dia mais utiliza mais os aviões. O assunto é de alta importância – defendeu a senadora Ana Rita (PT-ES).