Péssimo início de semana para aviação




Pousar em Katmandu não é uma tarefa das mais agradáveis, embora o aeroporto seja internacional, tenha uma pista com 10.700 pés de comprimento, a altitude (4.390 FT) sempre é o maior problema operacional no Nepal.

Não precisa muito pra se matar naquela região, basta um ajuste de altímetro errado e condições meteorológicas desfavoráveis (comum na região), que causem perda de visibilidade. 

Escrevo estas coisas, não por acaso, mas porque me chamou demais a atenção, a notícia de que o avião bateu na cerca do aeroporto, no momento do pouso.
 
O aeroporto de Katmandu é o único de grande porte e internacional do Nepal, mas isso não garante por exemplo, que o ILS estivesse operacional, além do mais, os pilotos são muito acostumados a operar visual, até porque só existe este tipo de operação na maioria das pistas da região. Para se ter uma ideia, Lukla, um dos aeroportos mais perigosos do mundo, enfiado num buraco no Himalaia, só opera visual. Vira e mexe, alguém bate na cabeceira, na hora do pouso.

Quem já está acostumado comigo, sabe que não estou afirmando nada, apenas exercitando meu faro de SIPAER. 

Há que se lamentar profundamente também, a queda do helicóptero em NYC, no início da noite de ontem (não tenho muitas informações) e o acidente com o Challenger turco, que ne lembrou demais o acidente dos Mamonas, com muitas características de um CFIT - Controlled Flight Into Terrain.


Péssimo começo de semana para a aviação, triste início de ano depois do melhor ano da história da aviação comercial (safety). Já tivemos vários acidentes neste começo de 2018.

Até agora, são cinco mortos no helicóptero, onze no Challenger e 50 no Dash-8, que tinha 71 a bordo.

Muito triste e preocupante.

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